04 agosto 2016

Convidar ou não convidar


Quando decidimos casar começámos a fazer a nossa lista de convidados. No nosso caso, tivemos um constrangimento logo à partida: o Palácio tinha várias salas mas a maior, onde queríamos fazer a refeição, tinha uma capacidade de 120 adultos (na minha cabeça imaginei 130 no máximo; as crianças ficaram noutra salinha). Mesmo que não fosse este limite, a verdade é que não nos poderíamos esticar muito mais que isso de qualquer forma porque tínhamos um orçamento planeado.

Quando fizemos a primeira lista, com todas as pessoas que nos são queridas e que fazem parte da nossa vida atualmente, superámos os 200 com facilidade. E foi então que começou a tarefa terrível de cortar pessoas. É triste deixar pessoas que nos são queridas fora dos planos de um dos dias mais bonitos das nossas vidas, mas tivemos sempre em mente que havíamos de arranjar forma de ir celebrando a vida com todas essas pessoas mesmo não as conseguindo encaixar no grande dia. Inclusivamente, cortámos familiares em detrimento de amigos porque embora da mesma família, há amigos que estão tão presentes no nosso dia-a-dia cuja presença é muito mais imprescindível.

Não foi fácil e chegámos a uma lista de quase 150 adultos. Sim, era um risco, mas não podíamos fazer mais que isso! Se fossem todos (como nós gostávamos que fosse possível), nem que nos expandíssemos para os corredores ou dividíssemos em mais salas. Seria uma festa na mesma! No final, acabámos por ter algumas pessoas que não puderam estar presentes (a maioria por morar fora do país e não conseguir organizar-se para vir a Portugal) e o número de pessoas não foi um problema - tivemos uma taxa de "nãos" de quase de 20%.

O que me deixou incrédula foi que, cerca de um mês depois, recebi uma mensagem de uma prima em segundo grau que vive na terrinha da minha mãe que eu vejo uma vez por ano, se tanto!, a dizer que me desejava muitas felicidades mas que me teria ficado bem convidá-la ainda que ela provavelmente não pudesse vir. Sim, ela escreveu isso, que não devia vir mas que me ficava bem. Nem sabia se havia de rir se chorar, mas confirmou-me que fiz bem em não a convidar!

19 comentários:

  1. A altura de fazer a lista é sempre uma complicação...opá a sério?! Há gente mesmo doida! Beijinhos

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  2. Há sempre pessoas assim. No meu caso, se me casar e a minha avó ainda for viva, vai me fazer uma lista de certeza de pessoas que "ficaria bem em convidar". Porque não percebem que entre "ficar bem em convidar" e no querer que essas pessoas vão, é um passo gigante.

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    1. Eu acho bonito essa forma de sentir das gerações mais antigas. Pude perceber ao ouvir falar do que foi para o meu avô o casamento da filha mais velha. Convidou todo o mundo! Nem «ficava bem» não convidar. Claro que, quem pagou foi... os noivos. Mas festa é mesmo isso. É para todos. Só mais para estas novas gerações é que se tornou algo mais íntimo, mais fechado. Mas na geração dos «abós», festa era contagiante, um casamento punha todo o bairro a falar, todos corriam para espreitar a noiva a sair de casa...

      Acho bonito.

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  3. Obrigado, querida :)

    Sei que é complicado decidir, no meio de tanta gente, quem convidar... Mas a lata das pessoas ainda me faz ficar mais confuso o.o A sério!!

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  4. O dia é vosso, logo são vocês quem decidem quem convidam !

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  5. ?! A sério?! Não gosto nada disso de convidar porque fica bem, mas vir alguém que não foi convidado - e que pelo que percebo não é uma pessoa tão íntima nem próxima assim... - dizer isso acho um absurdo...!

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  6. Wow, tanta gente! Eu tenho muito mais conhecidos que amigos e família, por isso acho que, caso me casasse, não conseguiria sequer pensar em 20 convidados :P

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  7. Eu admiro quem consegue fazer assim festas grandes e convidar imensa gente! Acho bonito mas seria incapaz! Como disse aqui há dias no blogue, se algum dia me casar será uma coisa bem simples, sem festas nem convidados, apenas algo para meia dúzia de pessoas mesmo importantes ou, se nos der na cabeça, casamos em segredo, sem mais ninguém eheheh :)

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  8. que big LOOOL! nem quero imaginar o stress de ter de decidir quem vai ou nao ao casamento

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  9. Nunca sonhei com o casamento enorme, a festa gigante e os convidados imensos. Sempre que imagino o meu casamento (que não vai acontecer), penso em algo muito minimalista, simples e com pouquíssimas pessoas. Seria muito fácil ter só uns 50, por exemplo. E ainda assim já acho muito. 150 pessoas já é um casamento com muitos convidados :)

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  10. Tantos convidados :)
    Mas pelos vistos ainda ha gente acha que deveria ter sido convidada... Só pela atitude fizeste bem em não a ter convidado.

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  11. Não vejo o mal do comentário.
    Se calhar ela acha que a família a ser convidada deve ser toda, sem excepção. Se calhar não existe maldade no comentário. De uma certa forma, admiro quem é sincero. E ela foi sincera. É bem melhor do que aqueles que falam tudo pelas costas e pela frente já se sabe...

    Mas como sempre acontece, os sinceros lixam-se forte e feio.

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    1. Não é bem o ser sincera que a "lixou", é o facto de me condenar por uma decisão que me cabia a mim tomar... e era mesmo só por ficar bem porque ela, que raramente fala ou está comigo, provavelmente não iria...

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  12. Ai, adoro! Há pessoas com lata...
    kiss na cheek

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  13. Ai opah :x as pessoas nao têm noçao. Ahah

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  14. Lá está se duvidas restassem ela ajudou te a dissipa-las! ehehe há cada pessoa, desculpa , mas cada gente que não tem mesmo noçãozinha nenhuma de nada! E nós, "sãos" da cabeça...até quando? A lidar com pessoas assim...é que disso há muito neste mundo!!!
    Beijinhos
    elisaumarapariganormal.blogspot.pt

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  15. Eu cá me ria, porque eu estou aqui a rir-me! :) Há com cada uma ...

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  16. É como dizes, há amigos que são mais família do que a nosso família de "sangue", e são essas pessoas que interessam. Essa prima, bem... nem vale a pena comentar.

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