Quando
era pequena, eu e o meu irmão esperávamos ansiosamente pela chegada dos
folhetos de Natal dos supermercados. Preferencialmente tínhamos os
folhetos aos pares para nenhum de nós ter de esperar pelo outro. Quando não
tínhamos, ainda íamos ver se algum dos meus vizinhos tinha a caixa de correio
tão cheia que tivesse o seu folheto metade de fora para podermos puxar e levar
a correr para casa com medo de sermos apanhados.
E
depois era o sossego para a minha mãe porque durante o que devia parecer uma
eternidade para uma mãe de dois, ficávamos em silêncio, de olhos esbugalhados e
caneta em riste a folhear aquelas páginas maravilhosas, cheias de brinquedos! E
íamos assinalando os que queríamos... chegávamos ao fim e contávamos as cruzinhas
e percebíamos que tínhamos escolhido metade do supermercado e então riscávamos
uma ou outra para parecermos menos pedinchões.
E fazíamos isto com um e outro folheto, tantos quantos conseguíssemos pôr as mãos!
O engraçado é que na noite de Natal não esperávamos ansiosamente pelos bonecos
ou jogos que tínhamos seleccionado. O que nos oferecessem era sempre bom, uma
surpresa! Aqueles momentos de sonhar com o que os folhetos nos mostravam valiam
só por sim.
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